Nasceu Ildefonso Correia Lima na então Vila de São Vicente Férrer das Lavras, no dia 7 de julho de 1860. Filho do Major Ildefonso Correia Lima e de D. Fideralina Augusto Lima.
Aprendeu as primeiras letras em sua terra natal, indo posteriormente estudar no Seminário Episcopal do Crato, de onde se transferiu para o Liceu do Ceará, em Fortaleza, onde esteve matriculado até 1879, quando seguiu para o Rio de Janeiro, em cuja Faculdade de Medicina se formou, em 1855. Perante a congregação de citada Faculdade, aos 28 de setembro do mesmo ano da formatura, defendeu tese intitulada “Dos Progressos Recentes na Operação de Litotrícia”, obtendo, dessa forma, o título de Doutor em Medicina.
Ainda como estudante, militou na imprensa carioca e teve ativa participação no seio da juventude estudiosa de então. Na corte foi colega de república e amigo particular de Rodrigues Alves e Afonso Pena, que mais tarde conduziriam os destinos políticos da nação. Posteriormente, quando Afonso Pena desempenhava o cargo de Presidente da República, perante o mesmo desfrutou imenso prestígio, a ponto de, este último, em passagem pelo Ceará, dever-lhe visita especial nos longínquos sertões de Quixadá, onde se encontrava à procura de saúde.
Ildefonso Correia Lima, desde a juventude, possuiu o carisma da liderança política e um potencial elevado de inteligência. Interno Extranumerário do Hospital de Misericórdia da Corte, em 1882 e, por concurso, interno de 2.ª e 1.ª classe do mesmo hospital, em 1883, 1884 e 1885. Igualmente por concurso, Ajudante de Anatomia Topográfica e Operações da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Relator da Comissão Cirúrgica do Ginásio Acadêmico e Sócio Honorário e Vice-Presidente do Grêmio dos Internos dos Hospitais da Corte.
Em Fortaleza possuiu imensa clientela que abandonou por algum tempo para ingressar na política partidária, sendo eleito Deputado Provincial no biênio de 1886 a 1887 e Deputado Estadual para o período de 1892 a 1893. Por duas legislaturas, representou o Ceará na Câmara Federal. Nessa fase de sua atividade política, pertencendo à falange católica, prestou relevantes serviços à causa da religião e da família brasileira, mormente na questão do divórcio. Chefe do Partido Republicano Conservador Cearense durante vinte anos. Orador de nomeada e médico de renome, no Congresso Nacional demonstrou notáveis qualidades de parlamentar e foi profícua a sua atuação, brilhando como tribuno tanto quanto como médico.
Outrossim, juntamente com outras figuras de destaque do meio cearense, fundou o Partido Católico do Estado do Ceará, oficialmente instalado em Fortaleza aos 8 de julho de 1890, cuja primeira diretoria integrou. Pertenceu ao Centro Republicano e, ao lado de Antônio Pinto Nogueira Aciolly, Agapito dos Santos e outros políticos de expressão da época, foi responsável pela fundação da secção cearense do Partido Republicano Federal, legalmente constituído na capital cearense a 1.º de junho de 1892. No Ceará foi ainda responsável pela fundação do Partido Federalista.
Posteriormente abandonou a política e entregou-se a profundos estudos, sendo, por nomeação de 31 de março de 1894, feito Professor Catedrático de Física e Química do Liceu do Ceará, que chegou a dirigir, interinamente, por designação de 10 de janeiro de 1896.
Jornalista de renome e cientista, publicou os seguintes trabalhos: Dos Progressos Recentes na Operação de Litotrícia – Rio – Tipografia Oliveira – 1885; Congresso Nacional – discurso parlamentar – Fortaleza, Tipografia Studart – 1897; Discurso – que pronunciou como paraninfo dos bacharelados de Ciências e Letras do Liceu do Ceará – Fortaleza – Tipografia Cruzeiro do Norte – 1909; e Física de Éter – Fortaleza – Tipografia Cruzeiro do Norte – 1912.
Envolveu-se com a questão religiosa de Juazeiro e, por designação do alto comando do clero cearense, foi escolhido em nome da mais atualizada ciência da época para oferecer juízo em torno dos supostos milagres ali ocorridos, atestando a sobrenaturalidade dos fatos.
Vítima de tuberculose, faleceu em Fortaleza aos 28 de fevereiro de 1911, sendo sepultado no Cemitério São João Batista desta cidade. Em seu testamento, que se encontra no Arquivo Público, legou Cr$ 1.000.000 para a Obra das Vocações Sacerdotais, tendo sido, desta forma, o iniciador desse movimento no Ceará, como observa Hugo Victor Guimarães.
Seu nome, com justa razão, é arrolado por alguns historiadores como um dos que mais se pontificiaram nas ciências médicas no Ceará, em todos os tempos. É o Dr. Ildefonso Correia Lima, cronologicamente, o primeiro médico nascido em Lavras da Mangabeira.
O Dr. Ildefonso Correia Lima é apontado por Leonardo Mota, no seu livro A Padaria Espiritual, como fundador, em Lavras da Mangabeira, de uma secção de um famoso Gabinete Cearense de Leitura. Mas ali, para Joaryvar Macedo, teria ele fundado, em 1884, o Club Literário Lavrense. Talvez ainda tangenciando o assunto, o Barão de Studart, nas suas Datas e Fatos Para a História do Ceará, informa que aos 11 de janeiro de 1885 foi inaugurada, em Lavras, uma biblioteca com o título de Clube Literário Familiar Lavrense, criada a 29 de maio de 1884. Ainda com respeito ao assunto, ver o nosso artigo “Notas Para a História da Literatura Lavrense”, publicado no n.º 28 da revista Itaytera, órgão do Instituto Cultural do Cariri.
Aprendeu as primeiras letras em sua terra natal, indo posteriormente estudar no Seminário Episcopal do Crato, de onde se transferiu para o Liceu do Ceará, em Fortaleza, onde esteve matriculado até 1879, quando seguiu para o Rio de Janeiro, em cuja Faculdade de Medicina se formou, em 1855. Perante a congregação de citada Faculdade, aos 28 de setembro do mesmo ano da formatura, defendeu tese intitulada “Dos Progressos Recentes na Operação de Litotrícia”, obtendo, dessa forma, o título de Doutor em Medicina.
Ainda como estudante, militou na imprensa carioca e teve ativa participação no seio da juventude estudiosa de então. Na corte foi colega de república e amigo particular de Rodrigues Alves e Afonso Pena, que mais tarde conduziriam os destinos políticos da nação. Posteriormente, quando Afonso Pena desempenhava o cargo de Presidente da República, perante o mesmo desfrutou imenso prestígio, a ponto de, este último, em passagem pelo Ceará, dever-lhe visita especial nos longínquos sertões de Quixadá, onde se encontrava à procura de saúde.
Ildefonso Correia Lima, desde a juventude, possuiu o carisma da liderança política e um potencial elevado de inteligência. Interno Extranumerário do Hospital de Misericórdia da Corte, em 1882 e, por concurso, interno de 2.ª e 1.ª classe do mesmo hospital, em 1883, 1884 e 1885. Igualmente por concurso, Ajudante de Anatomia Topográfica e Operações da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Relator da Comissão Cirúrgica do Ginásio Acadêmico e Sócio Honorário e Vice-Presidente do Grêmio dos Internos dos Hospitais da Corte.
Em Fortaleza possuiu imensa clientela que abandonou por algum tempo para ingressar na política partidária, sendo eleito Deputado Provincial no biênio de 1886 a 1887 e Deputado Estadual para o período de 1892 a 1893. Por duas legislaturas, representou o Ceará na Câmara Federal. Nessa fase de sua atividade política, pertencendo à falange católica, prestou relevantes serviços à causa da religião e da família brasileira, mormente na questão do divórcio. Chefe do Partido Republicano Conservador Cearense durante vinte anos. Orador de nomeada e médico de renome, no Congresso Nacional demonstrou notáveis qualidades de parlamentar e foi profícua a sua atuação, brilhando como tribuno tanto quanto como médico.
Outrossim, juntamente com outras figuras de destaque do meio cearense, fundou o Partido Católico do Estado do Ceará, oficialmente instalado em Fortaleza aos 8 de julho de 1890, cuja primeira diretoria integrou. Pertenceu ao Centro Republicano e, ao lado de Antônio Pinto Nogueira Aciolly, Agapito dos Santos e outros políticos de expressão da época, foi responsável pela fundação da secção cearense do Partido Republicano Federal, legalmente constituído na capital cearense a 1.º de junho de 1892. No Ceará foi ainda responsável pela fundação do Partido Federalista.
Posteriormente abandonou a política e entregou-se a profundos estudos, sendo, por nomeação de 31 de março de 1894, feito Professor Catedrático de Física e Química do Liceu do Ceará, que chegou a dirigir, interinamente, por designação de 10 de janeiro de 1896.
Jornalista de renome e cientista, publicou os seguintes trabalhos: Dos Progressos Recentes na Operação de Litotrícia – Rio – Tipografia Oliveira – 1885; Congresso Nacional – discurso parlamentar – Fortaleza, Tipografia Studart – 1897; Discurso – que pronunciou como paraninfo dos bacharelados de Ciências e Letras do Liceu do Ceará – Fortaleza – Tipografia Cruzeiro do Norte – 1909; e Física de Éter – Fortaleza – Tipografia Cruzeiro do Norte – 1912.
Envolveu-se com a questão religiosa de Juazeiro e, por designação do alto comando do clero cearense, foi escolhido em nome da mais atualizada ciência da época para oferecer juízo em torno dos supostos milagres ali ocorridos, atestando a sobrenaturalidade dos fatos.
Vítima de tuberculose, faleceu em Fortaleza aos 28 de fevereiro de 1911, sendo sepultado no Cemitério São João Batista desta cidade. Em seu testamento, que se encontra no Arquivo Público, legou Cr$ 1.000.000 para a Obra das Vocações Sacerdotais, tendo sido, desta forma, o iniciador desse movimento no Ceará, como observa Hugo Victor Guimarães.
Seu nome, com justa razão, é arrolado por alguns historiadores como um dos que mais se pontificiaram nas ciências médicas no Ceará, em todos os tempos. É o Dr. Ildefonso Correia Lima, cronologicamente, o primeiro médico nascido em Lavras da Mangabeira.
O Dr. Ildefonso Correia Lima é apontado por Leonardo Mota, no seu livro A Padaria Espiritual, como fundador, em Lavras da Mangabeira, de uma secção de um famoso Gabinete Cearense de Leitura. Mas ali, para Joaryvar Macedo, teria ele fundado, em 1884, o Club Literário Lavrense. Talvez ainda tangenciando o assunto, o Barão de Studart, nas suas Datas e Fatos Para a História do Ceará, informa que aos 11 de janeiro de 1885 foi inaugurada, em Lavras, uma biblioteca com o título de Clube Literário Familiar Lavrense, criada a 29 de maio de 1884. Ainda com respeito ao assunto, ver o nosso artigo “Notas Para a História da Literatura Lavrense”, publicado no n.º 28 da revista Itaytera, órgão do Instituto Cultural do Cariri.
Fonte: MACEDO, Dimas. Lavrenses ilustres. p, 43.
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